Ainda não saímos do inverno de 2021/2022 e já estamos aqui prontos a dissecar a coleção da estação fria de 2022/2023 – mas há várias boas razões para tal. A saber, a primeira, a coleção de Jeremy Scott é delicadamente divinal. Mistura non-sense com humor, mas a elegância e sobriedade (por mais surpreende que possa parecer) está toda no sítio certo. O equilíbrio perfeito entre elementos decorativos que ninguém esperava ver onde estão, com linhas e cortes clássicos e intemporais – num misto de inovação com tradição que dificilmente resultaria. As principais criticas à coleção está, por ventura, na execução de alguns looks, como o do relógio de cuco que não resultou na perfeição – mas serão meros detalhes que se perdem na grandiosidade que é o todo que resta. Já os looks vencedores: os pormenores das chaves e puxadores antigos, os cortinados, as gaiolas, todos os elementos de decoração que fazem uma deliciosa mise-en-scène. Mais: as referências cinematográficas de Beauty and the Beast a 2001: Odisseia no Espaço, passando por Lumiere, Cogsworth, e Plumette; e aquele vestido-harpa que se tornou um fenómeno? Estamos rendidos ao inverno Moschino. [vídeo de todo o desfile, no final da publicação]



























































Fonte: Vogue