Há qualquer coisa de sublime que se mistura com um lado perturbador que, ainda que assuste, nos deixa infinitamente curiosos. Uma atração para o abismo. Uma voraz vontade de cair na toca do coelho. A Balenciaga leva-nos lá, a um mundo novo e estranho, mas definitivamente belo e audaz. Os sapatos são cartonescos e evocam uma Cruela de Vil, furiosa enquanto sai abruptamente, sem cães, para o seu maquiavélico plano. A máscara negra (que nos faz lembrar os Tesla Bot) é o pináculo da magia da coleção, que nos reporta a um futuro alheado, sombrio, onde o que nos salva é a arte e a beleza. O lado grunge que se alia a formas clássica com um toque de criatura marinha do Shape of Water… we live for that (44). Há qualquer coisa de suspeito no ar, de olhares de quem sabem que o mundo é um lugar bizarro e grotesco, e por isso é que gostamos de cá andar. Veja o desfile completo mais abaixo.

Fonte: Vogue